terça-feira, 4 de julho de 2017

Desferiu-se o golpe: que golpe?



Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso.”
Apocalipse 16:14

O mal se reinventa em mil disfarces, esconde-se em belas utopias e filosofias, lança mão de palavras sedutoras para atrair alvos e, também, propagadores incautos. Quando acuado, o mal se transforma, recompõe-se e reveste-se de novidade para, então, alastrar-se outra vez.

As disputas entre facções do submundo astral se sucedem a pleno vapor. Uma vez abalado o domínio outrora inconteste dos dragões — os maiorais na hierarquia das trevas desde tempos bíblicos —, cada elo da cadeia sombria busca expandir ao máximo seu raio de ação. Manipular as massas e influir no destino de nações inteiras: tal é o apelo, o que excita a soberba dos senhores da escuridão e de seus asseclas no mundo. Entretanto, para além da fogueira de vaidades que arde dos dois lados da vida, revelam-se discretos os verdadeiros artífices do mal. Representam, cada um a seu modo, a ideologia de mil faces que se opõe a tudo que consiste em civilização e progresso — em última análise, a antítese da política divina do Cordeiro. Trata-se da Hidra de Lerna, a criatura mitológica venenosa, cruel e tenaz, haja vista sua decapitação provocar o surgimento de duas cabeças no lugar de qualquer uma das sete originais. Após cada golpe sofrido, perdura a ideologia-criatura, que nunca morre ou parece nunca morrer, revivendo em inúmeros nomes, símbolos e ideias.

Nesse contexto, a nação brasileira permanece sob fogo cerrado; persiste o assalto perpetrado por forças abjetas, hediondas e inescrupulosas. Após a investida frustrada de magos negros e suas milícias, que intentavam consagrar seu domínio a partir do Palácio da Alvorada, a Praça dos Três Poderes converte-se novamente em campo de batalha, embora desta vez se empreguem métodos novos e ainda mais apurados. Não era esperado que a guerra espiritual e de ideias que se trava no século XXI cessasse, em solo brasileiro, com o fracasso da campanha funesta. As fileiras da maldade não capitulariam, por mais fragorosa que tenha sido a derrota imposta pelos guardiões, os agentes da ordem e da justiça a serviço de Miguel.

Apesar do silêncio, da complacência, da passividade e da leniência da maioria dos que se consideram bons, os que deveriam integrar as legiões do Cordeiro, forças operosas zelam pelo bem da humanidade. Até onde poderão avançar sem contar com o envolvimento maciço daqueles que ouvem a Boa Nova e as profecias do Apocalipse há tempos? “Buscai e achareis”, enuncia o princípio cristão. Não é possível inverter a ordem dos fatores: o resultado obtido depende da iniciativa do homem.

A derrocada da Hidra não se dará fugindo-se ao combate; para feri-la de morte, é preciso engajar-se na luta em curso. O Plano Piloto é tão somente um entre tantos tabuleiros onde peças importantes se movimentam e onde se dá a partida de xadrez cósmico, isto é, o parto de uma Terra regeneradora. Os palcos de batalha se espalham, com maior ou menor repercussão, pelo país e ao redor do globo.

Assim como em O partido: projeto criminoso de poder e em A quadrilha: o Foro de São Paulo, O golpe vem descerrar a intensa movimentação extrafísica que se dá nos bastidores da vida imortal, em meio aos círculos de poder e aos antros de maldade, os quais intentam soterrar o Brasil no caos econômico, cultural, político e social. Neste quadrante sul-americano, engendra-se novo golpe contra as forças da civilização; nova ameaça se desenha nos céus — ou nos porões do submundo — a fim de consumar o projeto criminoso de décadas. A quadrilha não esmorece; ao contrário, novamente atenta contra as aspirações superiores. A partir de Cuba, passando por Nicarágua e Venezuela, colima a nação brasileira a fim de vergar todo o continente sob o peso tirânico da Hidra.




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