quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Por que as pessoas gritam quando estão com raiva?



Um sábio profeta indiano
caminhava pelas margens do Rio Ganges quando percebeu uma família brigando, uns gritando com os outros.

“Por que as pessoas gritam umas com as outras quando estão com raiva?” perguntou aos seus discípulos.

“Porque perdem a calma”, respondeu um deles.

“Sim, mas por que elas gritam se a pessoa está bem ao lado delas? Elas poderiam muito bem falar a mesma coisa sem gritar”

Os discípulos tentaram achar alguma resposta que explicasse o ato do grito, mas nenhuma foi satisfatória.

O profeta então falou:
“Quando duas pessoas estão com raiva, os corações delas estão muito distantes. Por isso elas precisam gritar. Quanto mais raiva elas têm, mais elas precisam gritar para cobrir essa distância.
E quando duas pessoas estão apaixonadas? O que acontece? Elas não gritam uma com a outra. Elas falam suavemente, porque a distância dos corações é muito pequena.
E quando elas se amam ainda mais? Ah, aí elas sussurram, chegam mais perto ainda, as vezes nem existe distância nenhuma entre os corações.
E finalmente, depois de um tempo, elas não precisam nem sussurrar. Basta um olhar. Isso é o quão perto dois corações podem estar.”

“Por isso…” continuou o profeta, “…prestem atenção quando discutirem com alguém. Não deixe que os corações se afastem muito, porque poderá chegar o dia em que a distância pode ser tão grande que os corações se perdem e não conseguem mais encontrar o caminho de volta, para se encontrarem de novo.”


Fonte: UpdateOrDie.com / Wagner Brenner
Via Rodrigo Gava

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Nós amamos o livro espírita.




Por Leonardo Möller


Com alguma frequência algum leitor afirma que nossos livros são caros. Sob certo ponto de vista, eles têm razão. De modo geral, livros no Brasil são caros, se compararmos aos preços praticados na Europa, por exemplo, embora as pesquisas do mercado editorial apontem uma tendência de queda no preço médio do livro, ano após ano, desde 2009. Gasolina é caro, carro é dos mais caros do mundo, iPhone e iPad também são recordistas por aqui.

O que nos chama a atenção é que parece mais comum ouvir que livros são caros do que carros e roupas, entre outros setores campeões de crescimento em nosso país, o que não é o caso do setor editorial e livreiro. Será que isso pode revelar uma escala de valores presente em nossa sociedade? Será que a grande oferta atual de eventos culturais gratuitos ou a preços simbólicos — porque feitos com dinheiro público, por meio da renúncia fiscal levada a efeito pelas leis de incentivo à cultura — fez a gente perder a noção de quanto custa produzir bens culturais? Pior: fez a gente perder a noção do valor que eles têm?

Se a reclamação provém de alguém mais ligado às ideias espiritualidade, não raro é acompanhada do seguinte raciocínio: “Os livros espíritas deveriam ser mais baratos para dar mais acesso a quem não tem dinheiro”. Será, mesmo? Vale sacrificar a qualidade do conteúdo e da apresentação para tratar a todos, indistintamente, como pobres ou vítimas sociais? Não é assim que se fazem iniciativas de inclusão da população de baixa renda. Desde os programas sociais oficiais como o Bolsa Família até a assistência beneficente, a maioria paga mais para que se redistribua àquele que tem muito pouco. Ou quem sabe imaginam que cabe ao produtor de cultura resolver um problema que é do país: a distribuição de renda?

Se você quer pagar menos por nosso livro, é mesmo pensando no outro? Porque, se for, talvez possa contribuir com a biblioteca pública de sua cidade ou de sua casa espírita, se houver uma. Estas, sim, são iniciativas que aumentam o acesso da população de baixa renda aos livros. Nós estamos fazendo a nossa parte. Os trabalhos sociais que ajudamos a realizar nos três núcleos beneficentes que integram, junto com a Casa dos Espíritos, a Universidade do Espírito de Minas Gerais (UniSpiritus), são feitos assim: os que podem pagam para que os que não podem recebam gratuitamente.

Ademais, acreditamos que o livro espírita deve ter cada vez mais qualidade, tanto do ponto de vista de preparação e cuidado com o texto, quanto do ponto de vista gráfico e editorial; conteúdo, apresentação e publicidade cada vez melhores. Nossa avidez por dinheiro, de que certo leitor nos acusa, é a avidez por empregar os recursos da venda de livros na divulgação cada vez maior das ideias espíritas e do ponto de vista que “nossos” espíritos apresentam sobre elas — o qual nos dá enorme entusiasmo e orgulho. Para isso, ambicionamos contratar os melhores profissionais e fornecedores, fazer o marketing bem feito, pagar todos os impostos e, sobretudo, valorizar os colaboradores e parceiros que se esforçam aqui na Editora e por todo o Brasil, e também no exterior, para fazer o livro chegar até você e muitos mais, remunerando-os justamente.

É só assim que a gente sabe trabalhar; a gente detesta coisa feia, texto mal revisado e espremido na página, tornando a leitura um desafio só pra economizar no papel. Não, livro pra gente não é como self-service, vendido a quilo — no caso, de papel. A gente ama livro lindo!

Querer o melhor para o espiritismo e os livros espíritas — se é disso que nos acusam, declaramo-nos culpados, de bom grado. Kardec, além de sustentar o trabalho que fazia com o direito autoral dos livros espíritas que escreveu, pôde, com eles, viabilizar a publicação de opúsculos vendidos a apenas 25 centavos de franco, a fim de popularizar a doutrina nascente. Nós temos iniciativa semelhante, sem cobrar nada, em nosso blog, sem falar do conteúdo produzido para a UniSpiritus ao longo desses 17 anos.

Se você acha que nosso livro não merece o investimento necessário, pare de reclamar e leia-os sem pagar um tostão em sites que oferecem downloads ilegais e de aspecto horroroso; certamente os encontrará na web em poucos cliques. Agora, se você gosta do espiritismo e quer vê-lo chegando a cada vez mais e mais pessoas, brilhando com cada vez mais qualidade, à altura da beleza da doutrina que nos inspira, tenha certeza: nós cuidamos bem da fração do seu dinheiro que chega até nós e nos esforçamos dia e noite para aplicar da melhor maneira o voto de confiança que ele representa. Afinal, são mais de 1,3 milhão de votos assim, de gente que comprou nossos livros.
A gente acredita no espiritismo — que nasceu com a publicação de um livro (e vendido a preço de mercado). A gente é apaixonado tanto pelas ideias espíritas quanto por livros e, por isso, gosta de investir nessas coisas. Definitivamente, a gente não vai sucatear a cara do espiritismo e fazer feio diante dos livros convencionais só para agradar aqueles que não acreditam que o os espíritos e o espiritismo merecem seus melhores investimentos.