sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Como você consome comida e conteúdo?























O melhor jeito de entender nosso consumo atual de conteúdo é usando o outro tipo de consumo que já conhecemos melhor: o consumo de alimentos. O conceito de nutrição, valendo não apenas pelo o que entra pela boca, mas sim por todos os sentidos.

Não tem arquiteto de informação?


Pois eu acho que deveria ter, urgentemente, nutricionista de conteúdo.
Confira nos onze itens abaixo a analogia simples e direta sobre as conexões que realizamos diariamente para tudo que "engolimos":

01.


Nutrição é a transformação de alimentos em energia para manter nosso corpo funcionando e em atividade.

Nutrição mental é a transformação de conteúdos em repertório para manter nosso cérebro funcionando e em atividade.

02.

Os nutrientes dos alimentos são o combustível para manter nosso corpo em movimento.

Os nutrientes dos conteúdos são o combustível para manter nosso cérebro em raciocínio.

03.

Alimentos (vegetais, frutas, carnes, etc) podem ser classificados como melhor ou pior, dependendo do seu valor nutritivo para o corpo.

Conteúdos (livros, filmes, posts, tweets, facebooks, fotos, etc) podem ser classificados como melhor ou pior, dependendo do seu valor nutritivo para o cérebro.

04.

O critério mais básico na escolha de alimentos é o “gosto/não gosto” (palatabilidade)

O critério mais básico na escolha de conteúdo é o “like/don’t like” (opinabilidade)

05.

Já percebemos a relação direta entre a escolha dos alimentos e a saúde do corpo. Sabemos que precisamos ser mais criteriosos do que um simples ”gosto/não gosto”

Ainda não percebemos a relação direta entre a escolha dos conteúdos e a saúde mental. Não sabemos ainda que precisamos ser mais criteriosos que um simples “like/don’t like”

06.

Diferentes alimentos, diferentes nutrientes, diferentes estados corporais. Meia hora depois de uma salada é diferente de meia hora depois de um churrasco.

Diferentes conteúdos, diferentes nutrientes, diferentes estados mentais. Meia hora depois de um telejornal é diferente de meia hora depois de um filme no cinema.

07.

A transformação de alimentos em energia é chamada de metabolismo e seu resultado é um corpo ativo e hábil. Os maiores benefícios são pessoais.

A transformação de conteúdos em sabedoria é chamada de raciocínio e seu resultado é uma mente pensante, criativa, inspiradora e transformadora. Os maiores benefícios são coletivos.

08.

O sistema digestório de alimentos usa a retenção ou excreção do que foi consumido usando o critério nutritivo. Tem nutriente, fica. Não tem, sai.

O sistema digestório de conteúdos usa a retenção ou esquecimento do que foi consumido usando o critério emocional. Tem emoção, lembra. Não tem, esquece.

09.

Nossa atual consciência da importância de uma dieta alimentar saudável e balanceada é razoável. É factual, mensurável e universal.

Nossa atual consciência da importância de uma dieta de conteúdo saudável é muito pobre. É abstrata, não mensurável e pessoal.

10.

O consumo de alimentos inadequado tem evidências rápidas e visíveis: ficamos gordos. Existem ferramentas e medidas que comparam com padrões ideias e comprovam facilmente a inadequação (balança, exames laboratoriais, etc). A médio prazo o corpo adoece como forma de aviso. A experiência é intensa e a curva de aprendizado e a eventual correção são rápidas.

O consumo de conteúdo inadequado não tem evidências rápidas nem explícitas: nosso repertório, valores e raciocínios pioram lentamente mas como são abstratos não existem ferramentas ou medidas que comparem com padrões ideias e possam comprovar a inadequação. A experiência é sutil e o aprendizado e eventual correção são praticamente nulos.

11. 


A consciência de que o consumo alimentar tem mais a ver com qualidade do que quantidade é alta.

A consciência de que o consumo de conteúdo tem mais a ver com qualidade do que quantidade é baixa. 
O resumo, personificado
Dada a chance para uma criança escolher seu consumo, a escolha é pelo gosto: o açucarado, o gorduroso.

Pois somos crianças gordas e doentes, alimentando uns aos outros apenas com chocolates, até vomitarmos, para podermos continuar comendo mais chocolates. Quanto mais gostoso o chocolate que você divide, mais amado e celebrado você é.

Seus chocolates são os mais disputados.
Você fica convencido que seus chocolates são mesmo os melhores e passa a consumir apenas os seus também. O dos outros, pela lógica da popularidade, são piores. A menos que fiquem mais populares que os seus, quando então você passa a consumi-los também.

Com o tempo você vai ficando tão gordo, mas tão gordo, que ninguém consegue se aproximar por causa da circunferência da sua barriga, feita a base de chocolates. Você fica solitário. Todos ficam gordos e as circunferências se tocam porque vão ocupando todo o espaço, mas as cabeças se isolam. No final somos um enorme grupo de crianças morbidamente gordas, todas em contato, mas com as cabeças isoladas. 
Comendo chocolates e vomitando sem parar.
Esse cenário so vai mudar quando os males ficarem evidentes e as próximas gerações aprenderem com os erros desta.
Nosso desafio atual em relação a conteúdo equivale ao auto-controle de uma criança solta no Walmart e livre para consumir o que quiser.

Estamos comendo no McDonald’s da internet todos os dias.

Fonte: Wagner Brenner / Update or Die.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

"Tecnologia e religião" ou "tecnologia é religião"?

Durante a última década, houve um grande aumento na quantidade de produtos eletrônicos que começaram a rodear a nossa vida diária. Produtos como relógios, óculos, camisetas e fones de ouvido estão sendo equipados com sensores inteligentes para coletar informações sobre a nossa rotina mundana, nossa saúde, nosso estilo de vida e até a nossa personalidade, gerando uma grande noção de como nossa mente e corpo trabalham. Esta vasta abordagem de informação, traz novas formas de como perceber o mundo e forja novas e íntimas interações entre os usuários dos produtos e as suas informações neles contidas. 

Uma das questões sobre a nova realidade tecnológica que vivemos é o surgimento de um novo tipo de cultura que gira em torno do poder da informação.

De acordo com o estudo da The Curve Report, 88% da geração X (inclui as pessoas nascidas a partir do início dos anos 1960 até o final dos anos 1970, podendo alcançar o início dos anos 1980, sem contudo ultrapassar 1984.) e Y (nascidos após 1980 e, segundo outros, de meados da década de 1970 até meados da década de 1990) concordam que o rastreamento e documentação que acontecem nos web sites e aparelhos, os ajudam a serem mais conscientes de si mesmos. Já 64% desses dois grupos dizem que a tecnologia transforma-os em melhores pessoas. E, adicionalmente, 81% dizem que a tecnologia ajuda-os a entender melhor o mundo de uma maneira mais ampla. Isto soa como uma procura por sentido na existência dessas duas gerações e, elas acreditam que a informação e a tecnologia podem prover isto.

Esta nova fé está se transformando em uma nova religião por si só. Ao passo que mais e mais pessoas estão adotando a tecnologia para responder questões maiores. Aproveitando esta oportunidade, marcas estão ajudando consumidores a encontrar um certo nível de esclarecimento e fornecem ferramentas para essas pessoas visualizarem seus conteúdos de formas significativas.

65% das gerações X e Y acreditam que a crença pessoal será mais relevante que a igreja há 10 anos atrás e 60% dizem que utilizam o mecanismo de busca Google apara ajudá-los a encontrarem respostas sobre a vida. As novas gerações quando diante de problemas existenciais, estão encontrando em seus próprios conteúdos pessoais apresentados sobre novas lentes e métricas, um nível maior de consciência sobre nossa existência.


Poderia a tecnologia em si, se transformar numa nova forma de conexão com o sagrado? Não cabe a nós responder. Só vale raciocinar.

Fonte: The Curve Report from NBCUniversal.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

10 de dezembro, Dia Mundial dos Direitos Humanos.






Os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos,
independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição.

Os direitos humanos incluem o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, o direito ao trabalho e à educação, entre e muitos outros. Todos merecem estes direitos, sem discriminação.
O Direito Internacional dos Direitos Humanos estabelece as obrigações dos governos de agirem de determinadas maneiras ou de se absterem de certos atos, a fim de promover e proteger os direitos humanos e as liberdades de grupos ou indivíduos.

Desde o estabelecimento das Nações Unidas, em 1945, um de seus objetivos fundamentais tem sido promover e encorajar o respeito aos direitos humanos para todos, conforme estipulado na Carta das Nações Unidas:


“Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta da ONU, sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor do ser humano e na igualdade de direitos entre homens e mulheres, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla, … a Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações…” (p
reâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948)

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é um documento marco na história dos direitos humanos. Elaborada por representantes de diferentes origens jurídicas e culturais de todas as regiões do mundo, a Declaração foi proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em Paris, em 10 de Dezembro de 1948, através da Resolução 217 A (III) da Assembleia Geral como uma norma comum a ser alcançada por todos os povos e nações. Ela estabelece, pela primeira vez, a proteção universal dos direitos humanos.

Desde sua adoção, em 1948, a DUDH foi traduzida em mais de 360 idiomas – o documento mais traduzido do mundo – e inspirou as constituições de muitos Estados e democracias recentes. A DUDH, em conjunto com oPacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e seus dois Protocolos Opcionais (sobre procedimento de queixa e sobre pena de morte) e com o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e seuProtocolo Opcional, formam a chamada Carta Internacional dos Direitos Humanos.

Uma série de tratados internacionais de direitos humanos e outros instrumentos adotados desde 1945 expandiram o corpo do direito internacional dos direitos humanos. Eles incluem a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio (1948), a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (1965), a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (1979), a Convenção sobre os Direitos da Criança (1989) e a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2006), entre outras.

As Nações Unidas trabalham ativamente para definir, monitorar e ajudar os Estados-Membros a implantarem as normas internacionais dos direitos humanos. O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) é responsável por liderar a promoção e a proteção dos direitos humanos, e implementar os programa de direitos humanos dentro da ONU.

O Conselho de Segurança da ONU, que tem como principal responsabilidade a manutenção da paz e da segurança internacionais, também lida com graves violações dos direitos humanos, como o uso de crianças como soldados (Resolução 1612, 2005) e o uso do estupro como arma de guerra (Resolução 1820, 2008).

Desde 1948 a Assembleia Geral já adotou cerca de 80 tratados e declarações de direitos humanos. Como aDeclaração sobre os Defensores Direitos Humanos (1998) e a Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas (2007).

A cada ano, a Comissão da Assembleia Geral para Assuntos Sociais, Culturais e Humanitários analisa uma série de assuntos, incluindo questões de direitos humanos. A Comissão ouve relatos de especialistas em direitos humanos e discute o avanço das mulheres, a proteção das crianças, questões indígenas, o tratamento dos refugiados, a promoção das liberdades fundamentais através da eliminação do racismo e da discriminação racial, e a promoção do direito à autodeterminação.

Mecanismos de direitos humanos estabelecidos pela ONU monitoram a implementação das normas de direitos humanos no mundo todo. Eles incluem o Conselho de Direitos Humanos, os “Procedimentos Especiais”, com mandatos temáticos ou específicos de cada país e o núcleo dos tratados dos organismos de direitos humanos.

O Conselho de Direitos Humanos, estabelecido pela Assembleia Geral em 15 de março de 2006, e respondendo diretamente a ela, substituiu a Comissão sobre os Direitos Humanos da ONU, que existiu por 60 anos, como o órgão inter-governamental chave da ONU responsável pelos direitos humanos. O Conselho é formado por 47 Estados e é encarregado de fortalecer a promoção e a proteção dos direitos humanos em todo o mundo, solucionando situações de violações dos direitos humanos e fazendo recomendações sobre elas, incluindo a resposta às emergências. Através do mecanismo da Revisão Periódica Universal, o Conselho avalia a situação dos direitos humanos em todos os 192 Estados-Membros da ONU. Ele também trabalha em estreita colaboração com os Procedimentos Especiais da ONU, estabelecidos pela ex-Comissão sobre os Direitos Humanos.

Celebre esta data refletindo sobre o amplo conceito dos direitos humanos. Faça sua parte. Como cidadão, como ser humano, como alma em evolução.

Fonte: http://www.onu.org.br

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Está na hora de dizer sim.

Nem sempre o final é como esperamos. Mas isso não quer dizer que não é final feliz. Aproveite o vídeo!