Para os que não acompanharam a página do Entremédiuns 2011 no dia 25 de janeiro, Leonardo Möller, diretor da Casa dos Espíritos Editora concedeu ao blog do evento uma entrevista exclusiva para falar a respeito do tema de sua palestra cujo assunto você confere logo abaixo no texto de Laura Martins.
Conforme prometido em post anterior, entrevistamos Leonardo Möller para saber a respeito do expurgo planetário, entre outros assuntos.
Optamos por fazer ao entrevistado exclusivamente as perguntas que dizem respeito ao tema do Entremédiuns 2011. As outras serão respondidas por ele nos programas de rádio que apresenta em parceria com Robson Pinheiro nas Rádios Mundial e Boa Nova.
Nossos agradecimentos a todos que participaram, enviando seus questionamentos. Se quiserem saber mais sobre o assunto, vocês já sabem: façam sua inscrição no minicurso conduzido por Leornardo!
Entrevista
Os dementadores são personagens
da saga Harry Potter
Milza Cintra: Sou apaixonada por meu vizinho de 13 anos e resolvi ver os filmes de Harry Potter para arrumar um assunto com ele. Já cheguei ao 6°: Harry Potter e o enigma do príncipe. Fiquei pensando na relação que pode existir entre os dementadores, entre "aquele que a gente não pode falar o nome" e o que lemos na trilogia O reino das sombras. Será que pode falar um pouquinho a respeito?
Leonardo: Confesso que no início da pergunta pensei se tratar de um caso de pedofilia... (risos) Mas a verdade é que os espíritos são insistentes em afirmar como a arte é veículo de suas ideias e como a chamada ficção retrata realidades mil que fogem ao nosso olhar ou escapam à nossa estreita concepção do real captado por nossos olhos. O espírito Ângelo Inácio trava interessantíssima discussão a esse respeito com os espíritos Júlio Verne e Ranieri na segunda parte do cap. 1 do livro A marca da besta. Dá para rever nossos conceitos por vezes acanhados.
Luciano Assis: Lendo o livro A marca da besta, me surgiu esta dúvida: como um governo, indústrias ou até mesmo cientistas que produzem maremotos, inundações, terremotos conseguem alcançar benefícios políticos e econômicos? Não é injusto? Como entender isso, se levarmos em consideração a lei de causa e efeito?
Leonardo: Injusto? Nada acontece com a humanidade que não esteja sendo permitido pelo produto conjunto de suas ações, a que chamamos padrão energético. É o mesmo que dizer que são injustos os desvios de dinheiro público por parte dos políticos, quando grande parte da população, se puder, põe o público a serviço do privado, nas mais variadas dimensões. À luz da lei de causa e efeito, parece-me justamente o ponto onde prevalece a justiça, pois ela reza que cada um responderá conforme suas obras.
Carlos Zanandreis: Quando se fala do papel dos guardiões na transmigração dos espíritos, esse papel se refere a uma ação "logística" de agrupá-los e encaminhá-los ou os guardiões estão também envolvidos nos processos de desencarne desses espíritos?
Leonardo: Ótima e controversa pergunta. Há quem pense que afirmar que eles estejam envolvidos em ambos os aspectos ressaltados implica pensar que tenham uma verve meio assassina... Pessoalmente, penso que devemos fazer as pazes com a morte e encará-la como parte da vida e de Deus. E, se os guardiões são agentes do Pai, por que não se envolveriam com ocasiões em que se produz a morte? Ainda que não como artífices, mas empregando energias não para combater um cataclismo, por exemplo, mas para recepcionar suas vítimas na dimensão extrafísica; não lhe parece coerente?
Gabriel: O processo de transmigração é consciente para os espíritos que são degredados?
Leonardo: Não me recordo de nada explícito que os espíritos tenham dito a esse respeito. Porém, é de se pensar que seja como ocorre com tudo mais, inclusive com a duração da chamada perturbação espírita, isto é, o tempo que o espírito demora para saber-se desencarnado: tudo depende do grau de consciência do indivíduo. A menos que tomados por uma crise emocional, os mais inteligentes e experientes certamente sabem o que se passa no degredo, e aí já inicia sua punição ou método corretivo extremo, patrocinado por Deus.
Jesus é o governador dos destinos humanos, e guarda o planeta em suas mãos. Imagem: Stock.xchng |
Juliana: Pode haver transmigrações planetárias sem a ação dos guardiões?
Leonardo: Pouco sabemos de tudo isso, mas ouso afirmar que não, por meio do raciocínio. Afinal, que Jesus escolheu fazer sozinho? Toda a sua obra só avança quando avançam aqueles que ele tomou para si e resolveu abrigar em sua casa planetária. Se de fato é o governador solar, como entende o espiritismo, por certo poderia renovar o planeta sozinho. Mas de que adiantaria? Chamou 12 para tal; chama a todos, envolve a todos. "O homem não foi feito por causa do sábado, mas o sábado por causa do homem", isto é: o planeta foi criado para abrigar a evolução de seus habitantes, e não o contrário.
Jacob: Que recado você acredita que os livros da trilogia O reino das sombras tem a deixar para as pessoas? O objetivo seria somente a instrução ou podemos considerar que também apoiar na transmigração dos espíritos?
Leonardo: Sem dúvida, a trilogia obedece ao objetivo maior que norteia o espiritismo, que é a iluminação de consciências e a demonstração cabal de que o materialismo não explica adequadamente a existência.
Luciana: As catástrofes climáticas que temos presenciado estão associadas aos expurgos? Acha que é possível evitar mais catástrofes?
Leonardo: Ao que indicam todas as comunicações espirituais que temos visto e a interpretação espírita das profecias, sim, os eventos atuais fazem parte dos tempos do fim; marcam uma época de transformações. Por certo é possível evitar algum volume de catástrofes, embora parte delas inexoravelmente esteja determinada pela colheita de nossas ações pretéritas. De todo modo, que são catástrofes? Destruição e morte fazem parte de Deus e da vida, esclarece-nos O livro dos espíritos (ver Lei de Destruição). Do ponto de vista da realidade espiritual, a morte é somente uma passagem, pois somos imortais. Lembra?
Fábio: Em sua opinião, que postura deveríamos adotar neste momento de transição, os tempos do fim?
Leonardo: A busca de sabedoria que vale sempre, e ganha relevo nas épocas de crise: manter o olhar otimista, buscar ver a mão de Deus perpassando os acontecimentos que parecem mais caóticos, encarar-se no espelho e dizer: "Você não diz que tem fé? É hora de mostrar pra si mesmo até que ponto tem fé, de verdade".
Imagem: Alex Grey
Daniel: Qual o papel da casa espírita neste momento de transição? Como apoiar os guardiões neste processo?
Leonardo: Quem sou eu para ousar dar conselhos, mas parece-me que algo aprendi com Kardec e os espíritos. A casa espírita deve ocupar-se menos de suas funções meramente de templo religioso e conscientizar-se de sua importância ao fomentar o desenvolvimento de uma consciência espiritual ou cidadania universal… Mais local de estudo e centro fomentador de mudanças que igreja para tão somente aplacar dores e curar as feridas… Temos feito mais isto no Brasil, de modo geral, do que aquilo. E é uma pena; é menosprezar a grandeza da obra de Jesus e a riqueza e amplitude do que traz a mensagem do espírito Verdade; é fazer apenas parte do trabalho. A obra espírita não é de caráter social, preponderantemente, mas educacional. Duvida? Repare na máxima: “Amai-vos e instruí-vos”. Em igual medida.
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