Auto retrato de Vik Muniz, feito com confete de revistas. |
Vik Muniz começou brincando como uma criança, desenhando rostos e figuras com chocolate, terra e açucar. Hoje é um dos mais importantes artistas plásticos brasileiros.
Nacido em 61, em São Paulo, Vik começou sua fama fazendo réplicas detalhadas de quadros famosos como La Gioconda (Monalisa) e a Última Ceia –ambos de Leonardo Da Vinci. Até aí nada de diferente não fosse os materiais que utiliza como matéria-prima para suas obras: manteiga de amendoim, geléia, molho de tomate, melado, entre outros. Seus quadros hoje são avaliados em centenas de milhares de dólares e figuram nas mais importantes coleções dos principais museus do mundo todo.
Desenho de criança feito de açucar. |
Apesar de morar em Nova Iorque há mais de 20 anos, Vik vive de estabelecer laços com o Brasil e com sua cultura através de sua arte, levantando fundos e ajudando várias entidades assistenciais com seu trabalho. O documentário Lixo Extraordinário (Wasteland), premiado no Festival de Sundance, no Festival de Berlim e um dos indicados ao Oscar de melhor documentário, mostra uma dessas intervenções de Vik junto à comunidade de catadores de lixo no Jardim Gramacho, em Duque de Caxias no Rio de Janeiro.
O artista entrevista vários personagens, traça seus perfis e os contrata para trabalharem juntos na composição de uma série de obras, feitas a partir do lixo. Um dos quadros acaba numa famosa casa de leilões em Londres, onde é arrematado por uma alta quantia, revertida integralmente para a associação de catadores de Gramacho. Um filme instigante e comovente, mostra o processo criativo de Vik e sua sensibilidade única na captura de estética e humanidade. Mostra na prática como a arte pode mudar a realidade de vida das pessoas, principalmente pela nova percepção que elas adquirem de si mesmos e do mundo à sua volta.
Veja o trailer do filme:
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