Pai João, mentor de Everilda Batista, mãe de Robson Pinheiro
É interessante que, conforme me recordo, embora utilizasse o nome de Pai João de Aruanda, ele não incorporava como um preto-velho tradicional. Ao contrário, mantinha uma postura ereta, que deixava minha mãe uns 20 a 30cm mais alta – ao menos essa é a impressão que nos causava, tão empinada a deixava!… Olhos muito abertos, quase esbugalhados, mas vivos, penetrantes, punha-se a andar normalmente pela casa, com desenvoltura e até rapidez quando incorporado em Everilda Batista, o que de modo algum lembra a figura popular e quase folclórica do preto-velho. Voz muito firme e sonora, nada havia que denotasse qualquer dificuldade em falar, como é frequente notar em comunicações de pretos-velhos, que muitas vezes se exprimem gaguejando, de modo arrastado. Pai João, não! Minha memória de sua atuação sobre minha mãe é o oposto disso: muito direto, firme, ágil e determinado, de tal maneira que alguns o temiam, até pelas circunstâncias familiares críticas e bem graves em que costumava se apresentar.”
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OS ESPÍRITOS EM MINHA VIDA
Robson Pinheiro
páginas 63-64
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